Escrito por Karina Souza
Hoje o dia está lindo aqui na
capital Paulista, céu azul, sol, passarinhos cantando e foi assim que recebemos
a notícia do falecimento da Jornalista Glória Maria.
A nossa irmã viveu por 73 anos,
navegando pelos mares e ares e no dia 02/02,
vibramos para que Yemonja a entregue docemente ao colo de Olorum.
Glória Maria fez história, sem
pensar em fazer história. Construiu um legado imensurável e abriu portas para
muitas pessoas pretas, é inspiração para muitos dos nossos.
O Jornalismo ganhou muito com a
vivência de Glória no qual deixou um
legado de realizações e pioneirismos.
Gloria viajou para mais de cem
países e entrevistou muitas personalidades, dentre elas: Michael Jackson,
Madonna, Leonardo Di Caprio, Nicole Kidman, entre outros.
Glória foi a primeira repórter a
entrar ao vivo, e em cores, em 1977, fazendo a cobertura do movimento de saída de carros em um final de
semana da capital fluminense, Rio de Janeiro.
A primeira transmissão em HD da
televisão brasileira foi com a Glória em uma reportagem do Fantástico em 2007.
Ela também fez a cobertura da
guerra das Malvinas, a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo
terrorista e os Jogos Olímpicos de Atlanta, e a Copa do Mundo na França.
Além das personalidades, fez
entrevistas com diversos chefes de Estado, inclusive contava que o ditador militar João
Figueiredo a tinha como desafeto. “Aonde chegava, o ex-presidente dizia para sua
equipe de segurança: ‘Não deixa aquela neguinha chegar perto de mim’” Você pode ouvir Glória falar sobre isso
clicando aqui.
Glória foi, é e sempre será o
horizonte de muitas pessoas pretas, da área da comunicação e nasceu com um legado
de mostrar ao povo preto o quanto somos potentes e conquistadores.
Glória nasceu pra ser única e em
lugares únicos. Glória ensinou as crianças pretas o poder da imagem.
Glória nos ensinou a blindar da
dor e criou-se a potência que abriu as portas para quem enfrenta o racismo
diariamente.
Glória é uma Divindade, e pedimos a Benção!