Aquilombamento, tecnologia ancestral preta

Aquilombamento e tecnologia


Por Karina Souza


Aquilombar é entender a necessidade de conectar suas raízes e saber que não somos seres individuais, mas sim pertencente a uma coletividade. Aquilombamento é a preservação do Povo Preto e do seu movimento.



Nossos ancestrais são responsáveis pela criação da medicina, matemática, arquitetura, engenharia, astronomia, filosofia, escrita, eletrônica, dentre outras coisas. Voltar ao passado e aprender com o que ficou para trás, é mudar a realidade do povo preto e construir o presente e o futuro a partir de espaços de fortalecimento e esforço conjunto, nos colocando em constante movimento.


Com o passar do tempo e o desenvolvimento da sociedade, a formas de nos aquilombarmos se tornaram muitas: Estamos juntos aquilombados: Nos coletivos dentro de universidades, grupos de estudo e difusão do conhecimento entre pessoas pretas, grupos de trabalho nas empresas, empresas lideradas por pessoas pretas como a Doorbell Ventures, editoras 100% pretas em equipe e em conteúdo, iniciativas tecnológica desenvolvida por pretos, quilombos fora das regiões metropolitanas que preservam a vivência em comunidade, os terreiros, casas de cultura e outros espaços de preservação da cultura e da história. São várias as formas, seguimos juntos.




Aquilobamento como tecnologia


Na era da informação e de avanços tecnológicos é importante saber e reconhecer como estamos nos reconfigurando para nos manter aquilombados no virtual. O aquilombamento digital é como uma atualização do movimento, utilizando técnicas e ferramentas tecnológicas numa tentativa de ter uma equidade é uma rede de afeto no digital.


Não encontramos com facilidade o termo “aquilombamento digital” em artigos mas podemos visualizar quando estamos em um grupo de Facebook direcionando vagas de trabalhos só para Pretos, grupos de maquiagem específico para pele preta, influenciadores digitais fomentando conteúdo preto desde música a estudos do Kemet, pelo Painel BAP ;) é extremamente importante uma empresa de pesquisa com foco em consumidores afrobrasileiros não é mesmo ?, Afropolitan, Afro Saúde, hubs de negócios pretos, Black Money e muitos outros quilombos pela rede.




E assim como na vida fora das redes, a discriminação também permeia esses espaços através do racismo algorítmico, mas essa é conversa para outra hora. Por enquanto vamos buscar aquilombamento digital e cerca-se em ter uma rede segura e cheia de representatividade.

E para saber mais, você pode ler Abdias do Nascimento, Marimba Ani, Milton Santos… e por aí vai!







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