Os especialistas em segurança da empresa de inteligência de ameaças Cyble encontraram vários documentos relacionados à vacina BNT162 desenvolvida pela Pfizer e BioNtech contra o novo corona vírus supostamente roubados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e vazados na Darkweb.
Por Jeferson Silva
Enquanto a pandemia se espalha em escala global, os atores da ameaça cibernética continuam a visar organizações e entidades governamentais da indústria farmacêutica.
No início de dezembro, a Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency - EMA) anunciou ter recebido um ataque cibernético. A EMA, uma organização que avalia e aprova as vacinas contra a COVID-19, não forneceu detalhes técnicos sobre o ataque nem se terá impacto em suas operações.
“A EMA foi alvo de um ataque cibernético. A Agência lançou uma investigação rigorosa, em cooperação com as autoridades policiais e outras entidades relevantes," diz um comunicado da EMA.
“A EMA não pode fornecer detalhes adicionais enquanto a investigação estiver em andamento. Mais informações serão disponibilizadas oportunamente."
A agência europeia desempenha um papel crítico na avaliação dos imunizantes produzidos contra o vírus Sars-Cov-2 em toda a União Europeia, tem acesso a informações sensíveis e confidenciais, incluindo dados de qualidade, segurança e eficácia resultantes de ensaios.
Nos últimos meses, especialistas em segurança relataram a ascensão do mercado ilegal de vacinas contra o novo coronavírus no mercado Darkweb. A Cyble começou a rastrear documentos recentemente que foram compartilhados em um dos fóruns de língua russa. Os links para os documentos foram compartilhados por um perfil recém criado que foi usado apenas para a suposta violação de dados.
"Durante a avaliação dos dados, nossos pesquisadores notaram que vários arquivos confidenciais foram acessados e vazados, incluindo MoM, relatórios de avaliação, e-mails confidenciais, links para o portal de login e imagens de suas páginas internas," relatou a análise publicada pela Cyble.
